Depressão Cláudia. Proteção Civil registou mais de 4 mil ocorrências

O temporal provocado pela passagem da depressão Cláudia no continente português provocou 4.017 ocorrências desde quarta-feira, mais de metade delas inundações, atingindo sobretudo as regiões de Setúbal, Porto e Algarve, anunciou a Proteção Civil.

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Foto: Pedro A. Pina - RTP

Entre as 14h de quarta-feira e as 11h deste Domingo, registou-se um total de 4.017 ocorrências relacionadas com a situação meteorológica adversa causada pela depressão Cláudia, que está a afetar o território do continente português, revelou, num comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

As regiões mais afetadas foram a Península de Setúbal, com 647 ocorrências, a Área Metropolitana do Porto, com 423 incidentes, e o Algarve, com 586 situações.

Das 4.017 ocorrências, 2.148 referiram-se a inundações, 731 a queda de árvores, 497 a limpeza de vias, 335 a queda de estruturas, 281 a movimentos de massa.

Foram ainda realizados 11 salvamentos aquáticos e 14 salvamentos terrestres.

O mau tempo causou duas vítimas mortais em Fernão Ferro (Seixal), um casal com mais de 80 anos cuja casa ficou inundada, e 32 pessoas foram deslocadas nos concelhos de Abrantes, Salvaterra de Magos, Seixal e Pombal.

Devido a fenómenos extremos de vento forte, uma cidadã britânica, com 85 anos, morreu e duas pessoas ficaram feridas no Camping de Albufeira, no Algarve, concelho onde a queda do teto do restaurante Edan Resort provocou 20 feridos.

Na resposta a estas ocorrências estiveram empenhados 12.382 operacionais, apoiados por 4.795 veículos, acrescentou a ANEPC.

A autoridade de Proteção Civil recomendou aos cidadãos a adoção de comportamentos preventivos face ao mau tempo, nomeadamente a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, e a fixação adequada de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outras estruturas suspensas.

A Proteção Civil aconselhou também especial cuidado na circulação e permanência em áreas arborizadas, devido à possibilidade de queda de ramos ou árvores provocada por ventos fortes, e precauções na circulação junto à orla costeira e zonas ribeirinhas, particularmente nas áreas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros.

Por outro lado, desaconselhou atividades relacionadas com o mar, como pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, bem como o estacionamento de veículos junto à orla marítima.

A adoção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e prestando especial atenção à eventual formação de lençóis de água nas vias rodoviárias, não atravessar zonas inundadas, e retirar de zonas normalmente inundáveis animais, equipamentos, veículos e outros bens para locais seguros, são outros conselhos da ANEPC.

c/ Lusa
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